GRAMÁTICA

2 comentários:

  1. A crase é a junção do artigo

    Temos vários tipos de contração ou combinação na Língua Portuguesa. A contração se dá na junção de uma preposição com outra palavra.

    Na combinação, as palavras não perdem nenhuma letra quando feita a união. Observe:

    • Aonde (preposição a + advérbio onde)
    • Ao (preposição a + artigo o)

    Na contração, as palavras perdem alguma letra no momento da junção. Veja:

    • da ( preposição de + artigo a)
    • na (preposição em + artigo a)

    Agora, há um caso de contração que gera muitas dúvidas quanto ao uso nas orações: a crase.

    Crase é a junção da preposição “a” com o artigo definido “a(s)”, ou ainda da preposição “a” com as iniciais dos pronomes demonstrativos aquela(s), aquele(s), aquilo ou com o pronome relativo a qual (as quais). Graficamente, a fusão das vogais “a” é representada por um acento grave, assinalado no sentido contrário ao acento agudo: à.

    Como saber se devo empregar a crase? Uma dica é substituir a crase por “ao”, caso essa preposição seja aceita sem prejuízo de sentido, então com certeza há crase.

    Veja alguns exemplos: Fui à farmácia, substituindo o “à” por “ao” ficaria Fui ao supermercado. Logo, o uso da crase está correto.

    Outro exemplo: Assisti à peça que está em cartaz, substituindo o “à” por “ao” ficaria Assisti ao jogo de vôlei da seleção brasileira.

    É importante lembrar dos casos em que a crase é empregada, obrigatoriamente: nas expressões que indicam horas ou nas locuções à medida que, às vezes, à noite, dentre outras, e ainda na expressão “à moda”. Veja:

    Exemplos: Sairei às duas horas da tarde.
    À medida que o tempo passa, fico mais feliz por você estar no Brasil.
    Quero uma pizza à moda italiana.

    Importante: A crase não ocorre: antes de palavras masculinas; antes de verbos, de pronomes pessoais, de nomes de cidade que não utilizam o artigo feminino, da palavra casa quando tem significado do próprio lar, da palavra terra quando tem sentido de solo e de expressões com palavras repetidas (dia a dia).

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  2. Você está tendo dúvidas sobre a regência dos verbos?
    A regência de um verbo é determinada pela relação do mesmo com seu complemento.
    Logo, o verbo é o termo regente e o complemento é o termo regido. Observe:



    Exemplos: Joana assistiu um paciente no hospital onde trabalha.
    Joana assistiu ao jogo da seleção brasileira.



    Observe que na primeira oração o verbo assistir é transitivo direto, ou seja, exige complemento (objeto direto) e tem significado aproximado de “prestar assistência”.
    Já na segunda oração o verbo “assistir” é transitivo indireto, ou seja, exige complemento, porém precedido de preposição e significa “ver”.



    Reger é determinar a flexão de um termo, que neste caso é o complemento, já que o verbo é o termo regente.



    Há uma dependência sintática entre regente (verbo) e termo regido (complemento), uma vez que o último completa o sentido do primeiro. Veja:



    Joana comprou uma bolsa para Jussara.



    O verbo “comprou” é transitivo direto e pede um complemento: Joana comprou o que? Uma bolsa (termo regido), para quem? Para Jussara (objeto indireto: precedido da preposição “para”).


    Os pronomes pessoais oblíquos o, a, os, as e suas variações la, lo, los, las, no, na, nos, nas são objetos diretos. Já os pronomes lhe, lhes são objetos indiretos.



    Exemplos: Joana disse que iria comprá-la. (Joana disse que iria comprar. Comprar o que? La (algo, um objeto, o qual pode ser uma bolsa, uma blusa, etc.)
    Joana lhe explicou por que não era para comprar. (Joana explicou. Explicou o que? O motivo pelo qual não era para comprar. Explicou para quem? Lhe (para você: objeto indireto precedido de preposição).

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